Cão Guia para Cegos

A História dos Cães-Guia

Em um hospital para cegos em Lez Quinze-Vingts em Paris em 1780, um empresário austríaco chamado Josef Riesinger conseguiu treinar seu cachorro de forma tão perfeita, que muitos não acreditavam que ele era cego.

Vamos saber agora um pouco mais sobre essa fantástica história.

Como foi o Começo dos Cães Guias

As primeiras menções a cães guia seriam de pinturas rupestres de escavações que mostram cães trabalhando como guias para habitantes antigos. Outros mencionam desenhos em ruínas do antigo império romano no primeiro século, mas isso é alvo de controvérsias. O que é consendo por estudiosos do assunto, é que tudo se iniciou e, 1870 em um hospital de cegos em Lez Quinze-Vingts em Paris, quando vários cachorros foram adestrados para auxiliar deficientes. Josef Riesinger, um industrial austríaco treinou seu cão tão bem, que as pessoas começaram a duvidar que era cego.

Um terceiro relato é de 1819, com o também austríaco Johann Wilhelm Klein, que fundou uma escola para cegos em Viena. Em seu livro de memórias ele conta como foi a experiência de ser conduzido pelo cachorro que ele próprio treinou durante 5 anos. Outro relato é de um outro austríaco chamado Johann Wilhelm Klein , que abriu uma escola para cegos em Viena. Ele contou mais tarde em seu livro de memórias a experiência de ser guiado pelo cão-guia que ele mesmo adestrou por 5 anos.

Como as guerras incentivaram os treinamentos de cães-guia

Devido ao enorme número de feridos na 1a Guerra Mundial, o médico alemão Gerhard Stalling ficou interessado pelo treinamento em massa de cães-guia, mas tudo teve início por acaso. Gerhard estava passeando com seu cão no jardim do hospital fazendo companhia a um paciente e, em certo instante deixou-os a sós. Quando retornou, seu cão estava tomando conta do paciente. Depois desse dia, Gerhard começou um estudo profundo para somar a inteligência dos cães aos cuidados de pacientes com deficiência visual.

Ele fundou sua primeira escola para cães-guia para cegos em Ondenburg em 1916 e, de forma rápida, foram abertas outras escolas pela Alemanha e em outros países. Cerca de 10 anos depois, teve de parar com seu projeto, mas já existia outro trabalho inspirado por ele e que resultou em um bom número de cães-guia bem treinados. Dorothy Harrison Eustis, uma milionária americana treinava cães para o exército, polícia e aduana na Suíça. Quando conheceu os cães-guia, ela aprendeu os métodos e iniciou o treinamento de seus cães que lhe deram fama internacional. Ela fundou a “The Seeing Eye”, a primeira escola para cães-guia nos Estados Unidos. Por seus feitos, em 2011, ela foi incluída no Hall da Fama Nacional Feminina em 2011.

A Chegada dos Cães-guia ao Brasil

Os primeiros cães-guia chegaram ao Brasil na década de 50. Atualmente, existem cerca de 200 cães-guia, que têm acesso sem restrições a todos os locais que seus tutores frequentam, como empresas públicas, restaurantes , estações de trem e até mesmo aviões. O número de cães-guia é muito baixo, levando-se em conta o número de pessoas com deficiência visual no Brasil. De acordo com o IBGE, a população de pessoas com alguma deficiência visual em 2010 era de 6,5 milhões, sendo e 500 mil cegos e 6 milhões com baixa visão.

O pequeno número de animais aptos a serem cães-guia tem relação a pouca publicidade e falta de cultura para esse tipo de auxílio. Além do mais, há pouco investimento para o treinamento desses animais e pessoas capacitadas para acompanha-los no período de socialização. Um bom exemplo de como é pouco divulgado os serviços de cães-guia, é a data de 25 de abril, quando é comemorado Dia Internacional do Cão-Guia, essa data quase não é lembrada. Mas, os deficientes tiveram uma vitória, ao ser aprovada uma alteração da Lei 11.126/2005 (Lei do Cão-Guia), que aumentou os benefícios para outros portadores, não apenas os visuais.

Isso beneficia os cães-guia que podem alertar pessoas com deficiência auditiva sobre sinais sonoros; cães de alerta, que com seus sentidos aguçados detectam quando uma pessoa poder sofrer uma crise diabética, epilepicia ou alergia. Há ainda os cães para autistas, que auxiliam no conforto durante possíveis crises; cães para deficientes físicos, que ajudam ao abrir e fechar portas, pegam objetos longe do alcance ou que estejam no chão e acionam botões de elevadores.

O Treinamento de Cães-Guia deve ser Feito desde Cedo

Os cães candidatos a cão-guia precisam passar por um treinamento intenso. O cronograma de treinos é realizado para que o animal torne-se totalmente integrado na sociedade. Ele precisa se adequar aos ambientes em todas as situações, sobretudo nas ruas a fim de conduzir de forma segura. O animal em treinamento deve apresentar algumas características para que ele não seja reprovado. Ele tem de ser paciente e não pode se assustar com facilidade e não ser agressivo.

Outra preocupação é fazer o animal entender e obedecer aos comandos de voz do tutor. Um cão-guia estará bem treinado ao poder entender adequadamente aos 200 nomes de objetos que deverão ser levados para seu dono, quando lhe for pedido. O treinador de cães-guia precisa ser um profissional com grande experiência e o treinamento deve ser bem cedo, ainda quando o cão estiver com e 3 meses, durando o treino até 1 ano e meio. São consideradas raças melhores para cães-guia, o labrador, golden retriever e o pastor alemão.

Para que o processo de adaptação seja feito com tranquilidade, as famílias das pessoas com deficiência devem ajudar. O animal deve ter o máximo de convivência com os humanos. Deve-se também leva-lo em variadas atividades do dia a dia, como viagens, passeios, andar de transporte público e estar presente com crianças e outros animais. Durante o processo de adaptação a sociedade humana, o cão-guia receberá alguns sinais de que está em treinamento, como uma faixa ou um boné. Eta será uma forma de avisar aos outros que ele está sendo treinado e precisa do máximo de concentração. É vital que seja evitado o contato com pessoas que irão brincar o o cão, pois isso irá prejudicar o processo de adaptação e treinamento.

Quanso o cão-guia termina seu curso, ele passa a usar a guia e peitoral com a alça rígida, que é o equipamento onde se comunica com seu tutor. Esta é uma maeira do cão-guia reconhecer quando está servindo de guia, ao usar o acessório ele está trabalhando, quando não estiver, pode ficar à vontade para brincar e se divertir com seu tutor.

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