Cães Doentes

Leptospirose em Cães, Tratamento e Prevenção

A leptospirose é uma doença infecciosa causada por bactérias do gênero Leptospira. Essa bactéria é bem conhecido e predominante na maior parte do mundo. Além de poder causar a morte (se não for tratada adequadamente), a leptospirose é motivo de preocupação por ser uma zoonose, o que significa que se espalha entre animais domésticos, animais selvagens e também em humanos. A doença pode ocorrer tanto em áreas urbanas como rurais, sendo que o maior número de casos ocorre no verão

A chuva e o calor proporcionam condições ideais para o crescimento deste gênero de bactéria. Portanto, as áreas de maior incidência estão diretamente relacionadas às condições de saneamento básico. Veja abaixo tudo o que você precisa saber sobre a leptospirose.

Como é Transmitido

A transmissão começa quando os animais infectados eliminam a bactéria pela urina. A urina em contato com o solo é transportada pelas ruas através da água da chuva, levando bactérias para áreas de alta atividade, como praças, parques e ruas. Animais saudáveis ​​ao passarem por esta área podem ser infectados pela bactéria que podem se infiltrar através de feridas ou pela pele ao permanecer úmida por muito tempo.

A propagação da leptospirose costuma aumentar durante inundações e também ajudam a criar um ambiente propício à sobrevivência e reprodução destes agentes patogênicos. Além do contato por meio de feridas e água contaminada, outra forma de transmissão da leptospirose é pela ingestão de alimentos contaminados ou do contato com objetos infectados.

Ciclo Biológico

Após entrarem no corpo humano, as bactérias desse gênero causam rápida infecção sistêmica pela corrente sanguínea, atingindo os olhos, trato reprodutivo, sistema nervoso central, baço e principalmente fígado e rins. Após a infecção, começam a se reproduzir até que os anticorpos do hospedeiro entrem em ação. À medida que a infecção progride, as bactérias desaparecem da urina. Agora no meio ambiente, eles precisam de um local quente e úmido para sobreviver e encontrar novos hospedeiros para continuar o ciclo.

Sinais Clínicos

Os sintomas clínicos apresentados podem variar muito dependendo da cepa infectante e da área afetada por cada organismo. O gênero Leptospira consiste em aproximadamente 250 sorotipos com níveis variados de patogenicidade.

Os animais podem apresentar os seguintes sintomas na forma aguda da doença: febre, depressão, letargia, vômitos, diarreia, poliúria (excesso de urina), polidipsia (sensação de sede), dor abdominal, mialgia (dores musculares), anorexia (falta de apetite), halitose (mau hálito) e icterícia (amarelecimento das membranas mucosas ou da parte branca dos olhos).

À medida que a doença avança podem ocorrer petéquias (manchas vermelhas na pele), sangramento das mucosas e conjuntivais, úlceras na boca, insuficiência renal e insuficiência hepática. Ocasionalmente, podem ocorrer aborto espontâneo, meningite e uveíte (inflamação do revestimento interior do olho).

Diagnóstico

Diagnosticar a leptospirose não é fácil porque seus sintomas são parecidos com várias doenças. Além de que, devemos levar em conta que cada tipo de bactéria infectante afeta diferentes regiões do organismo, manifestando sintomas diversos. Pode-se segmentar os exames mais usados em duas categorias: inespecíficos e específicos.

Testes inespecíficos permitem identificar quaisquer alterações na função corporal sem identificar o fator causal, como hemograma completo, produção de protrombina (um componente importante da coagulação do sangue), análise da função renal e hepática. Os específicos baseiam-se na identificação de patógenos (forma direta) ou anticorpos circulantes (forma indireta).

Para identificar patógenos, amostras de sangue e urina podem ser utilizadas para cultura bacteriana, ou PCR, que nada mais é do que a identificação de fragmentos bacterianos. O teste é rápido, muito sensível e específico, intensificando a chance de identificação mais precisa do patógeno.

Por outro lado, tende a ser mais caro que os exames tradicionais. Outra opção é o diagnóstico sorológico por soroaglutinação microscópica, que é tão rápida quanto a PCR. A maior diferença é que o diagnóstico por soroaglutinação é mais barato. Com essa abordagem, é importante entender que resultados negativos nas primeiras semanas não excluem por completo a possibilidade de que o animal possa estar com a doença, uma vez que os anticorpos começam a se desenvolver na segunda semana.

Tratamento

Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, menor será a probabilidade de a condição se tornar mais grave. O tratamento começa com fluidoterapia para corrigir possíveis problemas renais agudos. Você precisará então tomar antibióticos para interromper a reprodução e eliminar as bactérias do seu corpo.

Os antibióticos penicilina são mais recomendados para o tratamento desta doença, com ou sem combinação com doxiciclina. Vale ressaltar que a doxiciclina é indicada para estágio de portador renal. O resto do tratamento depende dos sintomas presentes.

Prevenção

A prevenção é importante para minimizar a chance de um animal contrair leptospirose. A forma mais eficaz de prevenir esta doença é a vacinação, que deve ser administrada anualmente ou semestralmente com uma vacina multi uso chamada V8, V10 ou V11, dependendo das recomendações do seu veterinário.

Além da imunidade, também é importante fazer o controle da quantidade de ração servida ao cachorro para que  alimento não fique exposto por muito tempo Isso é recomendado para manter os ratos (o hospedeiro principal) longe de casa. Sua presença pode ser perigosa, pois é comum ratos infectados urinarem enquanto comem e é da urina que se origina a bactéria da lepstopirose.

Também é recomendado desinfetar regularmente o ambiente com cloro, remover lixo e restos de comida diariamente, tratar feridas rapidamente e evitar áreas alagadas, água parada e ambientes sempre úmidos. O controle da vida selvagem é outra preocupação que os proprietários devem ter, por isso fique atento aos locais que podem servir de abrigo, como buracos no quintal e terrenos abandonados.

Esperamos que essas informações possam ser úteis para que você possa estar prevenido contra esta doença.

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